Ledger Wallet: como funciona e como usar?

Os diversos perigos relacionados ao roubo de identidade, acesso a carteiras e a exposição por parte da comunidade de investidores em criptoativos a hackers, levaram à criação de carteiras (ou wallets) de moedas digitais ainda mais seguras.

Neste cenário, uma das que tem ganhado bastante destaque são as hardware wallets (com atenção especial para a Ledger Wallet) – que funcionam de forma similar às outras carteiras tradicionais, utilizadas para armazenar tanto Bitcoins, quanto outros tipos de criptomoedas – porém, tão boas quanto.

Assim, consideravelmente mais seguras que as outras versões, elas se tornaram peças indispensáveis para lidar com as crescentes ameaças à comunidade.

Por isso, se você quer saber um pouco mais sobre estas carteiras, como elas funcionam, além das melhores opções do mercado, continue com a gente!

Vamos te explicar tudo o que você precisa saber, da forma mais didática possível. Acompanhe!

Afinal, o que é uma Hardware Wallet?

Antes de falar sobre a Ledger Wallet, uma das famosas carteiras de hardware para criptomoedas, faremos um breve resumo pra te ajudar a entender toda a tecnologia que está por trás das queridinhas da vez.

As carteiras de armazenamento frio – ou Cold Wallets – são consideradas por grande parte dos investidores deste mercado, como as melhores carteiras para armazenar e proteger as criptomoedas – seja quais elas forem.

Apesar da procura por elas também ser maior, seu preço também não é um dos mais atraentes. Afinal, para adquirir este tipo de carteira, é necessário comprar de fabricantes específicos (podendo variar o seu valor de um para o outro).

Assim, as Ledger Wallets – que basicamente se tratam de dispositivos físicos –, nada mais são que uma hardware wallet.

Também é importante observar que este serviço, bem como, o seu próprio software, apresentam os mesmos custos que as demais carteiras, assim, o usuário só paga pelo dispositivo – semelhante a um pendrive, do qual o usuário paga uma única vez.

Aliás, se você estiver pensando em investir – ou quem sabe já tenha criptomoedas – pode ser uma excelente ideia utilizar uma Ledger Wallet para gerenciar aqueles valores mais altos, ou que pelo menos sejam utilizados com uma certa frequência.

Por outro lado, temos as paper wallets, que apesar de se tornarem mais vulneráveis a cada retirada, é extremamente recomendada para o armazenamento de fundos mais altos. Em contrapartida, as hardware wallets utilizam das praticidades das carteiras online, mantendo a segurança enquanto permanece offline.

Como funciona uma Ledger Wallet?

De uma forma geral, as carteiras Ledger Wallet (isto é, os modelos populares de hardware) possuem a vantagem de ter um funcionamento que abrange as carteiras offline e online em um único aparelho só.

Dessa forma, uma hardware wallet mantém a segurança das suas chaves privadas em um dispositivo autônomo, de alto nível de segurança e offline – sem a necessidade de se conectar a uma rede ou se manter exposto a um computador.

Além disso, ele possui um sistema próprio do qual não é afetado pelos vírus que afetam os sistemas operacionais mais famosos.

Também vale ressaltar que essas carteiras só podem ser utilizadas com computadores, através de carteira para desktop ou mesmo online.

Neste sentido, as carteiras online realizam a primeira parte do processo, que é a criação das transações, sem que as assine. Por fim, todos os dados dessa transação são enviados para a carteira hardware wallet – ou neste caso, a Ledger Wallet.

Após esse primeiro processo, a Ledger as assina e envia novamente para a carteira online, permitindo que a transação seja validada mesmo sem o auxílio de um computador com acesso à internet, pois isso permitiria que quaisquer programas roubassem a sua chave privada ou mesmo senha.

Ledger Wallet: como funciona e como usar?

E como isso é feito? Basicamente, o computador serve apenas como uma ponte entre as carteiras, utilizando-se assim, apenas um cabo USB para realizar as operações.

Primeiro acesso da Ledger Wallet

Ao acessar uma carteira hardware wallet pela primeira, será configurado um código PIN – que nada mais é que uma espécie de senha para trazer mais segurança para o usuário.

Também, é junto ao PIN, que o usuário terá acesso a 24 palavras secretas, que devem ser anotadas, de preferência em papel, e guardadas em segurança máxima.

Portanto, caso a sua hardware seja furtada ou mesmo apresente falhas, será possível fazer o backup de todos os dados para um outro dispositivo, que seja de um mesmo modelo ou mesmo uma carteira virtual, mobile ou desktop que aceite esse tipo de importação.

Além disso, note que não só é possível armazenar bitcoins, como também outras criptomoedas – e em especial as Altcoins. Já em relação ao suporte de armazenamento, isso pode variar de modelo para modelo, e até mesmo para versões diferentes de uma mesma linha de HW.

Por isso, se você pretende adquirir uma carteira como a Ledger Wallet, é imprescindível que antes seja feita uma verificação no próprio site da fabricante.

As moedas também são um tema bem crucial, já que são os próprios usuários que devem realizar as configurações para que elas sejam devidamente aceitas.

Por fim, uma das grandes vantagens desse tipo de carteira, é a oferta de um suporte a mais de uma conta no dispositivo. Assim, o mecanismo busca auxiliar os usuários em situações onde alguém os force a passar o seu PIN ou Seed.

Neste cenário, ela funciona como uma conta fantasma, e não a verdadeira, na qual você armazena seus criptoativos.

Fazendo com que não sejam levantadas suspeitas de que, na verdade, está é uma carteira falsa – também é recomendado reservar uma pequena quantia dentro dela.

Precauções fundamentais

Como você bem viu, os perigos associados a uma carteira como a Ledger Wallet, são praticamente nulos, justamente porque elas foram desenvolvidas para serem fiéis ao que foi programado, ou seja, trazer segurança para os fundos em criptomoedas. E é por este motivo que o seu preço se torna mais elevado.

Assim, problemas envolvendo hackers e outras ações maliciosas, são praticamente inexistentes. Não há relatos de pessoas que tiveram suas reservas roubadas ou que seus valores foram sumidos.

Mas, ainda que elas sejam mais seguras que as demais opções, infelizmente, não são passíveis de erros.

Por isso, é importante apostar em dispositivos que sejam de alta qualidade, pois um simples problema envolvendo uma carteira mal programada, poderia criar uma situação onde o seu endereço seja facilmente descoberto por outras pessoas, ou quem sabe, um mecanismo para roubar seus fundos.

Aliás, o ideal é que a carteira seja adquirida por um representante oficial.

Existem muitas pessoas com segundas intenções neste mercado vendendo dispositivos com a mesma aparência e funcionalidades similares, porém, alterados de modo que se consiga roubar todos os dados de uma conta, e por fim, suas criptomoedas.

Um outro aparente perigo, é quanto aos endereços de envio. Nada impede que a sua hardware wallet envie seus ativos para uma outra carteira, caso o endereço tenha sido digitado errado. E claro, um endereço que poderia facilmente ser modificado por algum invasor no seu computador.

Portanto, sempre revise caractere por caractere ao enviar suas reservas para outra carteira. Isso pode custar o seu bolso!

E por fim, um dos grandes problemas envolvendo esse tipo de carteira – e que infelizmente são recorrentes –, é devido elas serem facilmente roubadas, perdidas ou até quebradas.

Assim, o único problema aparente, seria ter de desembolsar todo o valor anterior para compra de uma nova carteira – é improvável que uma pessoa tenha acesso aos seus fundos, pois necessitará de um código PIN.

Ledger Wallet: como funciona e como usar?

E como todos sabem, no Brasil, o valor dessas wallets é relativamente acima do nosso padrão de vida, se comparado aos demais países. Portanto, todo cuidado é pouco e deve ser redobrado para não a perder e nem a danificar.

Principais modelos de Hardware Wallets

As carteiras de hardware wallets são bastante similares aos pendrives ou tokens, e as mais seguras são aquelas que trazem uma tela, onde são exibidas informações das transações ao usuário.

Entre os modelos mais seguros e populares, estão:

  • Leger Wallet Nano S: esta é, sem dúvidas, a carteira de hardware mais popular deste mercado. Ela possui uma série de camadas de segurança, além de ser bastante pequena em relação as outras, sendo muito fácil de se transportar;
  • Trezor: lançada no ano de 2014, a carteira de criptomoedas Trezor é capaz de armazenar todas as suas transações com o máximo de segurança. Uma de suas grandes vantagens é que ela pode ser facilmente utilizada com a MyEtherWallet, Electrum ou através de seu software oficial;
  • Ledger WH.1: apesar de ser apenas compatível com o Bitcoin e o Bitcon Cash, essa carteira apresenta um dispositivo de tamanho reduzido em comparação as demais deste mercado – afinal, ela tem a espessura de um simples cartão de crédito, além do seu valor ser mais em conta que as outras opções robustas.

Conclusão

Há inúmeros outros dispositivos que poderíamos citar aqui, mas de uma forma geral, as demais opções presentes neste mercado, não oferecem um fácil manuseio para a transferência dos ativos digitais tão boas quanto os dispositivos listados aqui.

No mais, as que oferecem melhores recursos são a Ledger Wallet e a Trezor, bastante disseminadas pelo Brasil.

Para escolher o modelo ideal, é preciso levar em conta uma série de fatores, como, por exemplo, o software, as criptomoedas aceitas, seu preço de mercado, diferenciais de cada produto e muito mais – afinal, o básico e essencial todas elas já fazem.

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